sábado, 2 de janeiro de 2016

"Em cima do muro"



Hoje ainda mais, o nosso existir como sociedade pode ser resumido em uma comunhão despercebida onde todos procuram a zona de conforto que os acomode a não assumir compromissos que direcione à tomada de partido – quanto menos mudança melhor. Sendo a posição assumida estável e suportável, - se ela o exclui de deliberações compulsórias em conformidade com o interesse mesquinho enjambrado para a continuidade comportada do indivíduo não preocupado – o acerto parece bom para todos.

Seria apenas ruim se o fiel da balança não fossem todos aqueles que, cientes da lógica anunciada, sobrevivem de contrapor esse raciocínio para arrebanhar adeptos aos seus negócios - aquisições, bandeiras, agremiações, doutrinas, conchavos. O desequilíbrio ou os desajuntes de uma organização social responsável vem justamente da falta de bons camaradas, verdadeiros camicases, impelidos pela vontade, garra, paciência e retidão para trazer todos a essa realidade e então – com muita sorte - promover uma ordem capaz de vencer a letargia estabelecida.  


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