sábado, 14 de janeiro de 2017

Tese indefensável








Não é admissível que vivamos por mais de uma década defendendo determinada tese, hermeticamente falando, também no sentido literal, quando a obrigatoriedade deste plano insiste no seu e no nosso desenvolvimento. É fato que podemos justificar uma ideia momentânea excelente até por um bom par de anos, mas então – se boa - devemos soltá-la, doando-a para o mundo. Como a um filho que foi concebido no calor de razoáveis paixões. As paixões se vão, os filhos crescem, o mundo mimetiza-se em matizes que não colaboram em nada ou muito pouco com o passado estanque. Até onde é inteligente que o pai se agarre ao filho privando-o de todas as aberturas que o universo farto e abundante premia à humanidade a todo instante apenas por orgulho ou medo! Talvez ao comodismo obsequioso, por ter desistido de ariscar-se ao deliciar das novas paixões que o inesgotável universo das ideias dispõe tão somente ao homem verdadeiramente livre.


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