sábado, 24 de novembro de 2018

Às portas do caos



E onde foi parar o significado de bem comum?

As palavras da vez são: ultradireita, ultranacionalismo, polarização. Abertura? Apenas – ou na melhor das hipóteses, antes – com viés comercial. Novamente, às portas de intransponíveis impasses mundiais somos forçados a admitir que a humanidade é arrastada para um novo objeto; que a aposta é tão somente salvar o mundo economicamente – e todas as palavras de ordem serão avaliadas sob os holofotes dessa razão maior. Há tempos o individual inexiste e mais do que nunca tentamos não tocar no assunto de que somos vistos de duas formas: o indivíduo como consumidor ativo – portanto, momentaneamente útil. Se não isso, no mínimo, ele precisa obter a classificação de produtor ou algo do gênero, como uma peça ainda necessária na manutenção do mecanismo que faça com que o consumidor ativo: assim continue.


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