sábado, 12 de janeiro de 2019

Nenhum mistério



Muito provavelmente estamos - sob a ausência de vontades - sobrevivendo ao maior, contudo, imperceptível espetáculo de fuga da realidade que jamais se imaginou. Uma fração significativa que não está promovendo a própria fuga, simplesmente por conta da alienação total, permanece alheia ao novo. Atados ao cotidiano, promulgando com orgulho aos quatro ventos o fato de terem sobrevivido ao flagelo das mais disparatadas ondas; recontam histórias sobre o que foi. Já a fatia que realmente conta à manutenção do comemorado futuro que chegou; está embalada na fuga da grande massa tecnológica encabeçada por aparelhos eletrônicos disseminadores de “informações” (fofocas e mentiras e meias verdades ou verdades convenientes) em aplicativos e mídias sociais que, quais nossos antepassados sobre o mote da vez, desconhecemos seus meandros – e como sempre: o que causam. Tem como companhia, o auxílio da política e da mídia oficial que a reboque estão sendo levadas por este turbilhão, ampliando ainda mais o espectro, vendendo aparências ao imaginar-se entendendo eleitas naturais a predecessoras do novo, os dois órgãos estão, tão implicitamente – providencial – quanto obviamente, inteiradas o suficiente para o volume absurdo; o mar de informações que se reproduz com uma velocidade impensada para qualquer mortal, mesmo aqueles nerds – artificiosamente explorados -, pais do colosso, quando, na realidade, o que as mentes ultrapassadas que vem ditando destinos sob o verniz (tendencioso) dos antigos veículos de informação estão fazendo – obvio, usando a velha e mais do que nunca sempre útil manha de que está tudo sob controle – é, camuflar a realidade (modus operandi): enquanto capengante e aos trancos e barrancos tentam seguir ou seria surfar no imbróglio...(?) Ops! Desculpem; a política e a mídia jamais estão erradas, afinal elas somadas a religião nos trouxeram em segurança até aqui.




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