sábado, 9 de novembro de 2019

Problema meu



Mestre, estou apinhado de problemas, o governo isso, meu colega aquilo, o vizinho ... minha irmã... 



Ainda que todo o conselho receba antecipadamente o peso da oposição – ou nele quanto se debruça tão somente no apoiar-se que espera no ócio do descansar puro e simples(?) -, reitero nesta sua colocação muitíssimo importante a qual deve se invitar todos os esforços para solucioná-la; às aporias levantadas no início dos nossos trabalhos da semana: que a resposta pode estar escondida no próprio auto questionar-se. O sofrimento que você está vivenciando é real? Ele é seu? Ele vale a pena ser vivido? Se o problema é externo ele não é seu; é preciso apenas qualifica-lo ponderadamente – por alguma razão é você quem está superestimando os contratempos não os avaliando de maneira holística.








Digo que nossas insatisfações em grande parte nos sobrecarregam por que internalizamos problemas externos; este é o primeiro passo. Assuma os seus e concentre-se em resolvê-los; uma vez cônscio você perceberá que suas energias mal abarcam estes.




O que não foi provocado por você não lhe diz respeito e mesmo que ele possa agir sobre suas ponderações é urgente que aprenda a máxima aqui descrita e encontre uma fórmula para sobreviver em paralelo com o vizinho incômodo; põe em prática isso.


Procure fazer o que lhe cabe sem reclamar. É bem provável que, aprendida e executada esta lição, poderá até auxiliar em uma ou outra situação externa sem alarde.






O problema externo deve ser comparado ao incômodo grão que segundo a sabedoria popular, amola a ostra. Se as situações que amofinam nossa existência são enfrentadas com inteligência ao invés de lamentáveis choramingas é certo que se atinja o instante em que perceberemos, maravilhados, as brilhantes conquistas alcançadas a custas de disciplinada determinação.













Acostumamo-nos a dar importância ao que não nos pertence, ao que não nos diz respeito. Atentamo-nos sem o devido estado crítico às ocorrências outras, estranhas e nem sempre necessárias; que não agregam. Compramos brigas e discussões. Pegamo-nos em avaliações que na verdade não adicionam valor real às soluções cotidianas particulares – possivelmente mais urgentes do que as qualificamos.




Contente-se, acalme-se, guarde suas energias, se poupe. Viva na introspecção, saia, desvie-se do tumulto externo. Isso nos poupa, e principalmente: capacita e mune a todos do preparo necessário para quando realmente dele necessitar.



Finalizando; assim habilitados, quando a situação exigir nossa ação. Que nos manifestemos por conta do granjear de sensato juízo. O peso do ignorar não exerce mais pressão. Em contra partida, uma vez equilibrados, potencializamos tais ações; otimizando nosso tempo e agindo com mais assertividades nas escolhas.




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