sábado, 11 de janeiro de 2020

Corpo e Alma




Enquanto a mente mente a quem pertence

A alma espera que a mentira se retire

*



Massa pensante

Crendo no tatear cultuamos moléculas

Tão distante do que pensa ser você é aqui

Atrevido como todo o enclausurado que se diz inocente

Crédulo como todo o inculto precipitado

Frágil e desprotegido então você erra

Arrastado por forças que ainda desconhece

Não assumindo

Enfrentando

Impetuoso

Quebradiço

Falível

Soberbo

Socando o imponderável

Inconsciente de sua finitude

Esbalda-se na curta existência

Um ser mental

Ele

Fragilidade inquestionável não questionada

Aceita





Evanescência abstrata

Incógnita e perene ela orbita intocável

O que não pode ser tocado tem força

O que não nasce jamais se completa

É imenso em sua inexistência

O infinito não pode ser ousado

Ousada... transcende o Verbo

Negligenciada... ri

Abandonada... continua

O que nela confia tem força igual

O que não... definha

Um Ser Elemental

Cúmplice dos elementos

Ela

Força desconhecida não reconhecida

Limitada ao crivo comum



O corpo cisma
A Alma É.
O corpo se sustém
A Alma paira
O corpo se entende
A Alma não se prende
Mente... minta a quem pertence
Alma... seja




Pensando ser o corpo morre a cada dia

Sendo, a alma irrompe a eternidade



Respeite-o

Ame-os



Da singularidade escolhida à pluralidade do absoluto

*



Diferentemente do pensamento comum, é o corpo que é frágil, não a alma.

O corpo por ser finito está sujeito ao longo de sua curta existência a uma série de embates de toda ordem, e destes encontros - alguns bastante estressantes - vez ou outra pode não sair ileso ou mesmo perecer; o que não se dá com a alma por ser infinita, portanto, inabalável... imortal... ... ...



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