sábado, 22 de janeiro de 2022

Originalidade inspirada

 




















































De o porquê sumidades destroem seus trabalhos.

A liberdade inexiste. Talvez para alguns não seja essa asserção tão pior ao entender finalmente que mesmo na arte, o cânon, o topo possível ou máximo alcançável ao homem pretensamente livre, uma vez aqui; assumidamente a isso vinculado: se descobre, a despeito de toda a retórica, que a sobrevivência acossada remete, inclusive eles, a um estado de tolhimento; rudimentar.

Que grau de decepção; que espécie de agonia pode golpear àquele que estudou e busca e adquire conhecimento suficiente quando finalmente apreende que ao se jogar na arte, foi castigado com a lúcida percepção de que: pouco do que fará, o fará por si. Que todo os seus esforços resultados de trabalho exíguo, por mais original que possa parecer, por mais extenuante, estará amarrado, atrelado, conectado, casado, vinculado a cultura universal ao Espirito do Tempo que age nesse instante univérsico!

E mesmo quando, vencida a sedutora faina ufana, credita sua originalidade, sua particularidade, sua singularidade ao instinto; ainda assim não terá a certeza necessária se trabalhar um átomo sequer dentro da lógica insana da não arte.
























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Anos de observações serviram tão somente para a conscientização pura de que a partir de vontades entregues, nenhuma ação humana pode ser imediatamente contestada à primeira vista e ainda que possa, inequivocamente, ser admirada, observada e até celebrada, em contrapartida como um todo, o conjunto da obra ao artista conscientizado, ante a abstração do aspecto terceiro, estará mesmo reservada aos escaninhos sob o título de: “dignas de dó”.

























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