sábado, 21 de junho de 2025

Agrade; ou...

 









Para que um produto seja aprovado alguém precisa avalizá-lo, para alguém sê-lo, só é válido se alguém com crédito o fizer; uma mercadoria não se faz só, assim como o indivíduo dificilmente consegue realmente se tornar um produto desejado, apenas sob as luzes do autoelogio, da autopromoção.











Somos produtos a partir do instante que procuramos interagir com o mercado de consumo. Trabalhador, comerciante, político, autor, padre ou policial, enquanto galgam os degraus de qualquer ascendência que vislumbrem, pouco avançam com seus próprios esforços; sempre será preciso uma alavanca, isso é, outro “produto”, especializado ou não em mercancia que tenha alcançado patamares superiores, percorrendo caminhos parecidos que, sobre a pecha do “quanto devo pagar por isso”, ou “quanto isso irá me custar”, colocará você como um item comum a todos, em uma prateleira arranjada mais à vista do público alvo — próximo ao caixa.








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