sábado, 7 de junho de 2025

Um istmo sobre nossa impotência









Permanentemente indefeso — Em um momento qualquer pode-se sofrer uma síncope, uma doença que ataca o sistema nervoso, bem como determinado excesso influir agressivamente a química do corpo, ou ainda, alguma propriedade espiritual — manifesta ou não — que a qualquer hora ou gatilho, uma vez acionado, mantém qualquer indivíduo a mercê de forças desconhecidas das quais, iguais as duas anteriores, será incapacitado e levado — entre tantas outras purgações desconfortáveis — a ações desarrazoadas sem controle algum e motivo de extrema vergonha uma vez readquirida a lucidez. Isso apenas falando de você para com você mesmo, mas sob o alvitre externo, desatenções à ruídos contaminam escolhas despertando vontades corroborado com a impetuosidade de paixões e desejos inconsequentes; como se não fosse pouco, existem as leis e governos, a nos enquadrar, ou igrejas e facções a nos direcionam às encruzilhadas mais variadas sem que sua verdadeira vontade seja consultada ou, uma vez acionada, nada poderá fazer.















Aqui; ainda que, de dificílima compreensão, não fomos configurados como verdadeiros proprietários, mas isso não é caso para desespero; somos meros passageiros, e se apossar desse entendimento deve ser considerado como nossa passagem única ao próximo estado. Já nos acostumamos ao processo vigente de coexistir, de tal forma, que nem mesmo lembramos que não somos donos de nada, antes, fiéis depositários, e esse descaso sim, pode ser perigoso, não para a continuidade da vida, mas para a continuidade do próprio existir. 










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