sábado, 13 de dezembro de 2014

Práticas Universalmente Positivas



Reforçando a tese de que, ao contrário do que se pensava; as ações não são comuns a todos.

Em todo o indivíduo existe uma espécie de bloqueio real que o mantém preso em um vórtice de representações necessárias o suficientes para que sua condução se desenvolva no limite pré estabelecido, de forma tal, que estas escolhas não ultrapassem um limite também estudado que o entretém no que ele entende por segurança para seguir na coletividade.

Independentemente disso, todos estão sujeitos – como sujeitos livres - a assistirem as mesmas e mais diversas ações, lerem e ouvirem as mesmas palavras de significados outros, digamos assim, mais a ver com grupos distintos, o grupo maior, a miscigenação universal, mas as interpretações, é natural, são as mais variadas e pode ser opostamente diferentes, tomando até rumos inusitados, justamente porque ela passa antes por um crivo muitíssimo pessoal – ainda que respeitando o vórtice citado - que a classifica como boa ou má no que se refere a sua condição escolhida para sobreviver ao exclusivo meio coletivo, porém, essa ocorrência somente se verifica quando o “estranho”, o “diferente”, o não costumeiro acessa quase acossando nossos personagens, ao passar por sua peneira pessoal. No entanto, não são julgadas muito menos decodificadas as representações ordinárias ou consideradas de praxe. O óbvio, o comum, a ação corriqueira tem passe livre, mas em algum nível, ainda que nada possa ou deva ser feito no momento para mudar este quadro que se estende desde os ancestrais mais remotos; a culturalização, a evolução, o desenvolvimento do homem contemporâneo poderia aprender a ser mais flexível com as culturas, os costumes, hábitos e tradições práticas e construtivas de outros grupos distintos, fazendo com que a humanidade, dessa troca, seguisse rumo a uma evolução tão criativa quanto positiva.

Neste instante, as pessoas, por mais iguais que possam parecer no que se refere a estudos, intelectualidade, inteligência: não percebem; não recebem de igual maneira uma mesmas representação, uma mesma mensagem, uma mesma novidade. Realinhei esse pensamento hoje ao rever o documentário do History “O livros tibetano dos mortos”, onde uma série de informações importantes e reveladoras são passadas, mas, ainda assim, poucos se dão conta. São informações que dizem respeito a um nicho exímio se levada em consideração a população humana, porque parto do princípio que ainda aqueles que professam a doutrina budista, dificilmente acessam efetivamente as informações contidas neste rico coletar de dados ali compilados. 

A princípio, observado com atenção, parece que uma parte absurda das pessoas age como se não estivesse acontecendo, como se houvesse uma espécie de bloqueio a essa parte populacional que se dignou a estudos, a observações outras; opostas e contrárias as representações da cultura já assimilada. Não dando espaço para reformulações distintas e sossegadas; caladas na intenção de todos. Não há interesse no diferente, na novidade que acresce o conhecimento; naquilo que foge ao seu controle. Apenas acontece sob o aval terceiro de um membro honorário da sociedade, se alguém de sua confiança assim testemunhe – avalizado, sim; tudo então é digno de crédito. É certo que a preguiça somada a agitação obrigatória pode ser usada como falta de interesse por assuntos que não os tire do cotidiano alinhavado, ainda que por ventura possa importar a seu desenvolvimento; não é possível, ou dá de ombros. Como se aquilo não lhe dissesse respeito ou simplesmente prefere-se permanecer alheio ao assunto.

É bastante difícil esmiuçar; traduzir um pensamento favorável ao teor em epígrafe quando é sabido que a nós ocidentais enumeras tradições estrangeiras correm totalmente avessas aos nossos hábitos, porém, ainda assim arrisquei algumas linhas, e não é demais afirmar que entendo esse proceder como uma dever; uma espécie de propaganda, e, que ao tentar chamar atenção para um costume diametralmente diferente do que estamos acostumados, acredito estar prestando um testemunho a uma longínqua tradição que, antes de tudo, tem em sua prática, única e exclusivamente, a compaixão.


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