sábado, 6 de junho de 2015

A através do egoísmo reificado



A reificação pode ser talvez o tão aguardado caminho para o individualismo, anunciado por aqueles que entendem o valor humano, e através do que resta dele; ainda esperam algum milagre.

Onde, após a massiva individualização mecânica, mecanizada e mecanicista materialista, após o estresse, o colapso, o caos humano do egoísmo propriamente dito, hoje conhecido e assimilado, sairia do automático; do maquinal inconsciente para o egoísmo prático. Para o individualismo consciente, ainda raro, mas positivo quando trabalhado, e então, novamente, após um espaço indizível, voltasse seu pensamento ao sentimento da procura, da necessidade sadia do encontro com os seus há tanto perdida; esquecida; depurado, maturado e porque não, descansado no turbilhão do existir que ainda que desprovido de sentido, forjou o ser novo.

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Reificar é a aceitação pura e simples. É a falta de atenção, de foco; o aceite relapso. O aceitar sem contextualização que tudo é assim mesmo e participar sem opinião, ou concordar com uma opinião qualquer de qualquer um sem que se tenha, que se busque a fonte; sem que se tenha vontade, poder, conhecimento, entendimento sobre o assunto. Reificar é alienar-se. É ser, é participar da escumalha mais reles e ordinária do Plano Terra – não apenas a reles no agir, na aparência, porém no pensar - ainda que isso muito bem camufle. Talvez não haja o verdadeiro retorno até que este niilismo do humano abjeto se instaure em toda a exposta porção humana adoentada e febril – contaminando também seus meios; e ele se descubra que, a partir de então, não há mais como chafurdar além. Daí; existe apenas o longo e dificílimo caminho do retorno ao ser que até agora ele apenas pensou ser; esta, uma projeção, ainda muito além do que se possa imaginar, uma vez curado.

Por falta de conhecimento concordamos com o que não entendemos, e por excesso de orgulho, gerado dessa falta de estudos; não procuramos o motivo real de assim agirmos. Esse efeito dominó é nocivo, e a falta maior que nós humanos nos auto aplicamos; sufocando irreversivelmente nosso comportamento, nossa psicologia; enlameando nosso Eu Sagrado. 

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