sábado, 9 de julho de 2016

Aos incapazes; padrões



Em termos de aceitação de regras o mundo divide-se em dois; daqueles poucos que não entendem a comunicação ainda vigente, por ela ser não esforçada, quadrada, retrograda; no mais das vezes constrangedora ao probo. E a do grupo que somente esta entende.

Inacreditavelmente, a dificuldade de ambos continua residual na comunicação, até a mais comum delas; ainda que os primeiros consigam conviver envoltos a uma espécie de acordar inteligente – por puro entendimento dessa preocupação. Enquanto os outros jamais; essa condição seria impossível se lhes fosse apresentada. Se ela não os encabrestasse com todo o tipo de normas, regras e padrões fartamente aplicados que, por se tratar de leis imperitas, existem como grades a enjaular animais arredios, ou bestas criadas soltas; onde estão sempre a ser confrontadas; forçadas a procura de algum buraco que os façam vencê-las – enquanto os especialistas insistem; estudam, continuam empenhados (todos são premiados por seus esforços) em apresentar a seus mestres, patrões e governantes, formas ainda possíveis de apertar esse que há tempos se trata do mais vergonhoso nó górdio a coroar seus diplomas e a incompetência do entendimento humano.

Geralmente quando a morte acalma o espírito ansioso, após tardio reconhecimento; sob um destaque a um agora eminente, impostado com unanimidade e também quando longe dos interesses interesseiros de críticos terríveis que nasceram para focinhar o que não conseguem alcançar: tudo o que é entendido fora do padrão que fôra executado por aqueles que se encaixam no perfil acima desenhado, lhe é perdoado, o que nos leva ao mote principal desse aforismo, todo padrão é uma besteira exigida àqueles que não conseguiram provar serem capazes* de não segui-los.

*imunes, autorizados ou maduros o suficiente.

Digo aqui que os padrões servem apenas àqueles que não são capazes de viver socialmente por conta tão somente de suas inteligências – melhor, do que lhes foi ensinado e decodificado para sobreviverem - que não conseguem gerir a si próprios. Estes, perdidos se não estiverem segurando no fio condutor da fisiologia social, atropelam, desrespeitando o próximo. O que não acontece ao ser inteligente quando o padrão geralmente se trata mais de um estorvo que um sinalizar consciente, e ainda que geralmente obedecido, o faz mais como uma humilhação não a si, mas a todos os comitês deliberativos e comissões causalísticas; responsáveis por convencionar o arredondamento inteligentemente do quadrado processo, ainda que não a possua suficientemente para conseguir resolver a disparidade existente entre aqueles que mais burlam leis quanto mais elas são criadas daqueles que nasceram ou já aprenderam a ser culturalmente retos.



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