sábado, 9 de julho de 2016

Do velho e arrastado mundo de hoje...



...para os finalmente, 
novos amanhãs.


“No quarto capítulo; Aprender a viver, Edgar Morin nos apresenta ao pensamento do filósofo Émile Durkheim; ‘o objetivo da educação não é o de transmitir conhecimentos sempre mais numerosos ao aluno, mas o de criar nele um estado interior e profundo, uma espécie de polaridade de espírito que o oriente em um sentido definido, não apenas durante a infância, mas por toda a vida’ (p.47). É justamente neste sentido reformador de pensamento, que o autor mostra que o ensinar a viver necessita não só dos conhecimentos, mas também da transformação, em seu próprio ser mental, do conhecimento adquirido em sapiência, e da incorporação dessa sapiência para toda a vida (p.47). O autor considera que na educação, trata-se de transformar as informações em conhecimento, de transformar o conhecimento em sapiência (p.47). Neste sentido, a cultura das humanidades, deverá ser para todos, uma preparação para a vida (p.48). Por fim, valendo-se da expressão proposta por Rimbaud, Morin defende uma filosofia de vida: o aprendizado da vida deve dar consciência de que a ‘verdadeira vida’ não está nas necessidades utilitária-, mas na plenitude de si e na qualidade poética da existência, posto que, o viver exige de cada um, lucidez e compreensão ao mesmo tempo, e, mais amplamente, a mobilização de todas as aptidões humanas (p.54).”

Abrangência na qual concordamos, mas...

... e se somasse a toda essa massa observada e aqui declarada em palavras precisas: também a criação, o despertar; que fosse aguçada no aluno não apenas a ânsia de conhecer o conhecido do mundo e sim muito mais: de descobri-lo tanto perene quanto no seu expandir incessante material e imaterialmente falando, afinal, abordando seriamente(?), afora as “fantasias” religiosas; qual o verdadeiro contato que nossos petizes têm em relação a transcendência – ao que É enquanto imaginamos ser?

Quão poucos, quando, e quem será realmente despertado para as verdadeiras maravilhas da plenitude e assim entenderá que: a “qualidade poética da existência” somente atinge sua plenitude naqueles que percebem que esse estado – uma vez verificado - transcende em muito nossa percepção tangível*. Daí, no entanto, uma vez constatado e domado: que aluno distinto ter-se-ia da condição trabalhada? Que potência geradora; que usina díspar - da massa uniforme e abstratamente uniformizada da qual se referiu atacando com veemente paixão Roger Waters - conseguiriam construir, mestres reais? Menos voltado ao ensino, mais ao compartilhamento de experiências; menos à cartilha mais aos mundos; menos sala, mais universos e planos, como tantos outros já o disseram! Quando não distante dos primeiros anos de escolas, estas, ainda pequeninas centelhas, estariam despertando em seus preceptores observações realmente novas ou situações inovadoras que, uma vez recebidas, menos com correção, mais com abertura às experiências; construiriam que espécie de novos amanhãs!?!

Mas antes de transcendermos os alunos aos universos, precisaremos transcender os professores da sala.

*e que essa condição não é gratuita, ela se apresenta ao homem como é: pura, dinâmica, voluptuosa, enérgica e apaixonante, enquanto pode encontrar um homem despreparado, puro ou carregado de todos os vícios normais a nós, e então ser desperdiçada na falta de atenção ou por não ter sido para ela preparado.

Dá série; mio e_mil io

Texto entre aspas encontrado no site resenhas: 



029.L cqe