sábado, 30 de julho de 2016

Escrita Adimensional 16



Escrevo observando um tempo/espaço onde a escrita não será lida e entendida limitada apenas a cadeia celular ou sob contextos comuns aos elementos e sentidos explorados dos ininumeráveis conjuntos autor/leitor.

Busco a tradução correta para brindar o agora com o inevitável existente. Ao intuir que esse plano é tão possível quanto acessível a todo o amante das letras.

Onde os textos serão observados, devorados e saboreados na “íntegra” – uma abrangência jamais imaginada – incorporado de ânsias atrozes a pacientes traçados; carregados de sensibilidade, e das vontades repletas de todas as volúpias do autor. Uma vez que o leitor terá, analogamente à disposição, sentidos outros, nada comparáveis aos hoje limitados a matéria e as leis da física; permitindo, de alguma sorte, observar, apreciar e sentir as energias; infindáveis matizes, nuances e tons que, combinados no DNA dos apontamentos, poder-se-á vivenciar todo o ímpeto, toda a intensidade, amor, ou quaisquer outros sentimentos – não críveis aqui -, anexando tempos e lugares somados ao longo da existência de almas agora livres; presente no ato e no alinhamento matematicamente esquadrinhado no distinto trinômio: autor/leitor/texto.


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