sábado, 18 de novembro de 2017

Voltemos aos nossos porões


Seria possível aventar que o desafio do homem é retornar aos instintos, uma das questões defendidas por Nietzsche; sem perder as maravilhas conquistadas durante o período que sobreviveu sob o jugo das sociedades escravizadoras?









Ou seria este, justamente seu nó górdio evolucionista?








Ah! Nós; homens das aquisições. Eternamente fadados ao adquirir.





Caso fosse pensada, a tarefa é tornada absurda, observada também, sob o aspecto de que uma vez que manifestamos um retorno a eles; à intuição pura; deparamo-nos com a certeza de que a cada dia mais a sobrevivência humana migra justamente para o oposto de qualquer Vontade Real. Qualquer excitação mais animada sem os propósitos permitidos não passará da ânsia, invariavelmente revolvida e “resolvida” internamente. Qualquer vontade neste sentido é tolhida, proibida e execrada ao confinamento; aos recônditos porões pessoais aos quais já não mais ousamos descer por conta das luzes encantadas das distrações que pairam sobre nossas atenções corrompidas; comandadas por tal desordem obscuras de forças absolutamente contrárias a qualquer espécie de impulso, de retorno ao sentimento.


*

“E eu, que estou de bem com a vida, creio que aqueles que mais entendem de felicidade são as borboletas e as bolhas de sabão e tudo que entre os homens se lhes assemelhem”.

Nietzsche


Da Série; vamos prorrogar a existência dos sentimentos




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