sábado, 29 de outubro de 2016

IV - Das bodas de Mercúrio... Esmaecendo










Bastante apagada do nosso tempo tecnológico, em dias encurtados justamente quando todas as ações humanas receberam instrumentos e avanços para agilizar os processos cotidianos; a razão, a lógica, a dialética, tanto seus históricos quanto sua continuidade perderam terreno na medida que, de maneira proporcionalmente inversa, a busca do espaço para que a humanidade ganhasse tempo, delas tomasse. Existem hoje dois caminhos completamente antagônicos na faculdade da escrita: aquele voltado à arte e o comercial; onde o primeiro jamais voltará à posição um dia ocupada.


Neste exercício que teve sua formatação a partir das anotações de Arthur Schopenhauer que resultou em um pequeno volume comercial – posterior a sua morte - chamado A arte de ter razão; sensações foram despertadas para as energias; os ares que envolveram todo este espaço/tempo que chamamos de "Passado da Escrita", tendo então a vontade despertada de resgatar, dada a pretensão natural surgida da leitura, somada à prepotência que o próprio filósofo insiste em afirmar ser uma dominante do homem; narrar amarrando, em pensamento atual, o que veio sendo dito desde então sobre o assunto costurado no compêndio, nos moldes apropriados à epígrafe ou buscando preservar o contexto das próprias anotações, evocando o que Schopenhauer denominou como Dialética Erística.