Afirmo que, em se sendo honrado, podemos nos manter excluídos sem peso algum na consciência
Boas escolas
defendem que no grande final, verdades serão reveladas; se essas entidades lhes
despertam algum interesse — se esse não for o seu caso, pergunte-se ao menos
por que essas doutrinas existem — qual é seu nível de preocupação quanto a essa
máxima?
Tratar-se de uma pessoa não confiável para muitos no seu reduto é bastante interessante, veja que há uma diferença em “para muitos” e para todos. Afinal existe aquela máxima de que não se pode enganar a todos o tempo todo e blá, blá, blá. Acredito piamente na verdade de que o único que não poderemos enganar para sempre somos nós mesmos; até por isso trabalho há décadas em uma espécie de autoanálise autodidata. Independentemente do que é e o que não é, o estigma muitas vezes paira até mesmo entre nossos entes mais chegados, e deve severamente ser levado em conta, afinal é preciso sobreviver em meio ao caos natural do existir, somado às falácias, ilações, acusações e pensamentos e maquinações não revelados, de toda ordem, — a criatividade maligna dos homens surpreende o homem a cada novo raiar do dia — caso não haja como refazer a vida longe das vistas daqueles que ainda não foram descobertos, e, portanto, se acham no direito de apontar o dedo. No entanto, quando vem esse assunto à mente, entre as opções todas analisadas, uma permanece sempre em aberto: e se houver um depois, se houver o tão propalado Julgamento Final; quem finalmente irá se calar.
Como dizia a Madre. “No final, é você e sua consciência.”
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