Assistimos pessoas em demasia, ao que nos parece, desperdiçando tempo; o que, diga-se de passagem: em hipótese algum condenamos qualquer opção propensa ao descaso com a vida; essa pertence única e exclusivamente a cada um, e portanto, o único responsável a responder por seus atos é o próprio autor. Apenas acreditamos piamente que, se elas procurassem otimizar algumas horas do dia, provavelmente conseguiriam encontrar não o que aqui não deixamos fácil, mas um pouco do muito do difícil “escondido” e, portanto, disponível em bibliotecas seculares ou não, onde hoje, mesmo com a facilidade de acessá-las do próprio quarto, ainda assim não o fazem. Materiais de autores em pior situação que a nossa, no entanto, muito superiores em inteligência e pesquisas, mortos ou assassinados aos borbotões, deixaram um legado imenso e inegociável, e ainda que com muita propaganda e conversas de botequim entre um trago e outro; vernissages sob o manto de vaidades de curadores e afins, ou nas plataformas digitais, lebres são levantadas, e nada; não despertam realmente um mínimo de atenção séria e dedicada, além da basilar às escolas e trabalhos de buscas pessoais visando alcances limitadíssimos — ou pior, monetário —, ou seja, a embriagues ilusória persiste, e nenhuma pesquisa detidamente consciente é aventada, nenhum gatilho aciona algum lapso que rompa o véu da fantasia. Pasma o fato de que ditos riquíssimos de ícones superlativos estão por aí dando sopa ou disponíveis a preço de bananas, — em publicações que abundam nos sebos, ou feiras de livros a custos menores que 1 Dólar — ou de uma série de bons autores contemporâneos que, como observamos, também não têm tempo ou disposição para se empertigar em exposições tão tolas quanto risíveis por trás de uma câmera durante boa parte do dia, no entanto, em buscas detidas, os caminhos certamente levaria todo aquele que decide-se a burilar suas percepções à outros universos dispares, infinitos e peculiares.
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